quinta-feira, 14 de agosto de 2008

o maior o quê?

" Você sofre de amor,
do maior amor do mundo."

Essa frase na verdade é uma fala do filme O maior amor do mundo, longa nacional dirigido por Cacá Diegues.
Bom, coisa ruim todo filme tem (ou quase todo), mas eu não vou ao cinema nem a locadora procurando as coisas ruins deles. Eu achei a fotografia muito boa, é incrível como um rio nojento, totalmente poluído do suburbio do Rio pode ficar tão bem em cena com um céu estrelado e dialogos intensos! Além da trilha sonora.

Mas o que me marcou foi aquela fala. Foi a atriz Léa Garcia que interpreta uma moradora da baixada fluminense que diz a José Wilker que o problema dele é sofrer do maior amor do mundo.
Mas e daí? Daí que ele não ama, o personagem dele é frio, calculista, está com uma doença terminal, e teve uma infância traumática. Ele não ama.

Hoje, depois de ja ter assistido esse filme há algumas semanas eu cheguei a conclusão que o maior amor do mundo pode não ser por outra pessoa, pode não ser por uma "coisa", nem por você nem por nada.

O maior amor do mundo pode ser qualquer coisa, pode ser tudo e nada ao mesmo tempo.

Não se iludam pensando que eu sei bem o que estou escrevendo, a minha cabeça é como um quarto bagunçado cheio de post-it grudados e coisas escritas nas paredes.
Eu estou tentando enteder, qual, ou o que seria esse amor.
Acho que pode ser aquilo que deixamos em uma das nossas varias gavetas vazias, e não mexe nem olha e nem sabe mais que existe.
Provavelmente só achamos "aquilo" na gaveta em algum momento crucial, aqueles pontos definitivos e aí... e aí?


quais serão as consequências de achar, de sofrer, presenciar o maior amor do mundo?

e por favor, se alguem acha-lo em sua gaveta, me convença.

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