terça-feira, 23 de junho de 2009

capítulo sobre as notícias inesperadas.

Ela ficou sem ação
e por não saber o que fazer
simplesmente não fazer nada,
sentou e esperou.
Ela não sabia se era o certo
na verdade, ela realmente achava que não estava certo
mas foi o que ela fez de qualquer jeito
Haviam sons e imagens, mas parecia poluição
inaudível
invisível.
O tempo tomou um aspecto estranho
ela via que escurecia
era só olhar pela janela
mas parecia falso,
só podia ser ilusão, uma peça pregada pelo seu cerébro
para faze-la se mexer
mas como poderia ser real se ali no seu sofá,
tudo havia parado

inalterável

a sala estava tomada por uma luz azul
o seu corpo estranhamente branco
as mão recostadas com as palmas para cima sobre os seus joelhos cruzados

e única coisa que se movia com pressa,
que vinha envolto por cores quentes
que queimava
inquietava-se
gritava
R E A G I A
era seu coração.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Quando não há nada para dizer, é melhor calar-se.

tem dia que é só melancolia
 tem dia que não passa
e tem dia que é as duas coisas

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

no sofá.

Hoje eu apaguei uma música que ele me mostrou anos atrás.
Eu me lembro bem dele. Eu me lembro dele quase todos os dias.
Eu lembro o que ele fazia pra me irritar, e também da textura do cabelo dele.
Lembro do cheiro, e do sorvete favorito. Da cara de bravo e a de desaprovação.
De como meu corpo cabia no seu abraço.
Mas por mais que eu tente - e tento com força - Eu não lembro do nosso ultimo beijo.
Me recordo muito bem do dia em que ele aconteceu, do que nós dissémos, do que nós fizémos.
Mas daquele último beijo, aquele que eu nem sabia que seria o último, eu não consigo me lembrar.


Os beijos nunca deveriam ser esquecidos.